A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma das causas mais comuns de amenorréia (ausência de ciclos menstruais por um período maior que 3 meses) e irregularidade menstrual. ⠀

• Seu diagnóstico é confirmado quando a paciente apresenta pelo menos 2 dos seguintes critérios:⠀

1. Irregularidade menstrual (ciclos que duram menos de 21 ou mais de 45 dias)⠀
2. Testosterona aumentada em exame laboratorial ou manifestações decorrentes desse aumento, como acne e excesso de pêlos "terminais" (grossos e escuros) em regiões não habituais em mulheres (barriga, costas, seios...) ⠀
3. Ovários micropolicísticos ao ultrassom (esse critério merece atenção, pois várias pacientes apresentam cistos nos ovários que não caracterizam esse diagnóstico)⠀

Pacientes com síndrome dos ovários policísticos podem ter dificuldade de engravidar espontaneamente, e também apresentam maior chance de desenvolverem doenças como:⠀

• Diabetes mellitus - mesmo com peso normal, a maioria das pacientes têm algum grau de resistência insulínica;
• Hipertensão arterial sistêmica;
• Dislipidemia (desordens do colesterol e triglicérides);
• Esteatose hepática (gordura no fígado);
• Apnéia do sono;
• Câncer de endométrio(uma das camadas do útero);

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos pode ter como objetivos:⠀
 

• Restauração da fertilidade - quando a gestação espontânea não foi atingida;
• Tratamento sintomático - para os sintomas de acne e hirsurtismo (pêlos excessivos);
• Regularização dos ciclos menstruais - importante para prevenção da hiperplasia (aumento da espessura) do endométrio, a qual é um fator de risco para o câncer de endométrio. 

Dependendo do objetivo, as opções de tratamento podem variar, incluindo o uso de anti-concepcionais combinados, progestágenos (derivados da progesterona) isolados e medicamentos que reduzem a ação da testosterona produzida nos ovários. ⠀

Se você apresenta algum desses sintomas, procure um endocrinologista para confirmar o diagnóstico e avaliar a melhor opção de tratamento para você!